terça-feira, julho 08, 2008

Iliushin-76 aterrissou no Antárctico dirigido por sistema GLONASS

11.03.2008
Source: Pravda.ru
URL: http://port.pravda.ru/russa/21954-antarctico-0

O primeiro-vice-primeiro ministro do governo da Rússia , Serguei Ivanov, ficou satisfeito com o funcionamento do sistema da navegação de satélite russo GLONASS, que foi utilizada pela primeira vez para realizar a aterrissagem de um avião Iliushin-76 no Antárctico.

“ No decorrer nosso vôo , na órbita funcionavam seis satélites GLONASS, ainda que bastavam quatro para poder aterrissar normalmente”, disse Ivanov, que chegou na estação russa no Antárctico “Novolazarevsskaya”, neste avião encabeçando uma delegacia.

“ O equipamento com que foi dotado o avião também recebe sinais GSP, mas desconectaram e se orientavam somente por ajuda de GLONASS, cuja precisão é de 3 a 10 metros”, explicou.

O primeiro-vice-primeiro-ministro destacou que até agora os aviões aterrissavam no Antárctico “ a olho” , por isso necessitavam pilotos de mais alta qualificação para realizarem tais vôos. “ “ Preciso de verificar como funciona outro equipamento de GLONASS”, disse Ivanov.

Apesar houverem críticas dirigidas ao sistema GLONASS, o problema não radica em os aparelhos terrestres”, manifestou Ivanov, sublinhando que para o mercado interno se necessitam milhões de dispositivos.

Por Lyuba Lulko

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Há 50 anos, a URSS iniciava a corrida espacial com o satélite Sputnik

02/10 - 15:27, atualizada às 19:18 02/10 - Redação com AFP

 

No dia 4 de outubro de 1957 a União Soviética (URSS) enviava ao espaço o primeiro satélite artificial da história, o Sputnik, iniciando uma corrida com os Estados Unidos que se estenderia para o Sistema Solar como parte da disputa tecnológica da Guerra Fria.

O Sputnik, uma esfera metálica de 83 quilos dotada de quatro antenas e dois transmissores de rádio, decolou às 02h28 preso a um foguete R7, o antepassado do Soyuz, das estepes do Cazaquistão. Deste mesmo local partiria no dia 12 de abril de 1961 o primeiro homem a viajar para o espaço, o russo Yuri Gagarin.

"Preparamos o lançamento do Sputnik sem muitas esperanças. Naquela época, nosso objetivo primordial era a preparação de um míssil de guerra", lembra Boris Chertok, um dos criadores dos primeiros foguetes soviéticos R7 e colaborador de Serguei Korolev, pai do programa espacial soviético.

Após os três acidentes sofridos pelo míssil R7, logo transformado em foguete, Korolev propôs então outro projeto, um satélite artificial.

Já que a URSS tentava construir um aparelho que estudasse a atmosfera e o espaço, Korolev teve a idéia de fabricar um satélite simplificado, com "dois hemisférios, um transmissor de rádio, antenas e um sistema de alimentação", segundo conta Chertok.

Temendo que os americanos lançassem um satélite no dia 5 de outubro em ocasião de uma conferência internacional, Korolev decidiu acelerar os trabalhos.

No dia 4 de outubro o Sputnik foi colocado em órbita e começou a emitir seu famoso "bip bip". Uma façanha que na União Soviética de então simbolizava, mais do que a rivalidade com os Estados Unidos, o otimismo que sucedeu a morte do ditador Joseph Stalin em 1953.

Embora o lançamento tenha ocupado apenas algumas discretas linhas do jornal russo Pravda, a imprensa ocidental logo fez alarde com o potencial propagandístico e a "ameaça" militar representada pelo Sputnik.

Os Estados Unidos não tardaram a reagir, sobretudo ao ver que a URSS levava, um mês depois, para o espaço o primeiro ser vivo a bordo do Sputnik 2: a cachorrinha Laika.

Segundo uma das teorias, o Sputnik teria constituído um "racha intelectual", avaliou o ex-astronauta Harrison Schimidt, de 72 anos, um dos homens que caminhou sobre a lua.

Ainda que em público o presidente Dwight Eisenhower tenha minimizado o alcance do Sputnik, que qualificou com desdém de "pequena bola no ar", o presidente não agiu desta forma em uma reunião secreta menos de uma semana depois com os mais gabaritados cientistas. Na ocasião, Eisenhower lançou então o que se tornou a "corrida espacial".

Foram revisados os programas escolares para aumentar o peso dos estudos científicos nos EUA, criou-se um posto de assessor presidencial para as ciências, se lançou um enorme esforço orçamentário, catalizado pela Nasa, a agência espacial americana criada no final de julho de 1958: nada foi deixado ao azar.

Um mês depois de Yuri Gagari ter ido ao espaço, o sucessor de Eisenhower, John Fitzgerald Kennedy, reagiu pronunciando o que foi considerado o discurso fundador da corrida espacial para a lua.

A recompensa chegou em julho de 1969, quando o americano Neil Armstrong se tornou o primeiro homem a pisar na lua, acontecimento considerado um momento chave na história da Humanidade.

"Teríamos que apagar a humilhação de termos sido derrotados pelos russos e ir à lua para mostrar que nós éramos os garotos bons", ressaltou em Pasadena o engenheiro Burt Rutan, um dos pioneiros da conquista privada do espaço.

Agora que a Rússia celebra o 50º aniversário do lançamento do primeiro satélite artificial para o espaço, existe um certo clima de otimismo entre seus cientistas, segundo o especialista Igor Lysov.

No próximo ano, o orçamento estatal para projetos espaciais é de cerca de 1,5 bilhão de dólares (por volta de 1 bilhão de euros).

"É onze vezes menos que o financiamento da Nasa, mas dez vezes mais que o orçamento do programa espacial russo de uma década atrás", disse Lysov.

A Rússia praticamente deixou de financiar programas espaciais após o colapso da União Soviética em 1991, o que levou ao fim da estação MIR em 2001.

Desde então, o bem-sucedido envio de cosmonautas para a Estação Espacial Internacional (ISS) a bordo do foguete Soyuz, incluindo alguns multimilionários turistas espaciais, melhorou muito a imagem dos cientistas russos.

Entretanto, Washington estuda deixar a ISS em 2015.

Por outro lado, os ganhos que a Rússia obtém graças aos altos preços do petróleo e do gás permitem visualizar um panorama mais promissor.

AFP

Laika, o 1º ser vivo a ser enviado ao espaço a bordo da Sputnik 2

Na pauta estão um projeto conjunto com a China para enviar uma sonda a Marte em 2009 e um projeto russo de uma missão humana à Lua em 2025.

Moscou também pretende desenvolver uma nova nave espacial e o produzir um sistema de navegação por satélite que rivalizaria com o dispositivo americano GPS.

No entanto, persiste uma certa incerteza quanto ao financiamento, segundo Leonid Gorshkov, diretor da projetista de aeronaves espaciais RKK.

"Embora os projetos comerciais nos ajudem a sobreviver, o desenvolvimento do programa espacial é impossível sem o apoio do Estado", disse Gorshkov.

Leia também:

Veja mais sobre: Sputnik - guerra fria - URSS

O sistema de Navegação Russo - Glonass

"A Rússia lançou ontem os três últimos satélites para completar o póprio sistema de navegação, que  rivaliza com o americano GPS. Segundo a Reuters, o sistema GLONASS (Global Navigation Satellite System) engloba a maior parte do território da Rússia, esperando-se que abarque todo o globo em 2009, assim que os 24 satélites estiverem a operar. O trabalho no GLONASS arrancou na década de 70. Segundo a Reuters, o governo russo pretende que o seu sistema funcione a par do Global Positioning System (GPS) dos Estados Unidos. Recorde-se que a Europa também está a ultimar o seu sistema de navegação por satélite, o Galileo. "
http://blog_it.blogs.sapo.pt/241963.html
André Espenica

Sistema de navegação russo Glonass tem 24 satélites operacionais

 

03/01/2008

A Rússia lançou, no final do último mês, os três últimos satélites do Glonass, sistema de navegação russo. Agora são 24 satélites em operação pelo sistema que vem a tornar-se uma alternativa ao americano GPS no monitoramento global.

Apesar da novidade, o Glonass é um projeto antigo, datado da década de 70, o que torna quase metade de seus equipamentos obsoletos e sua cobertura fica restrita aos países da antiga União Soviética. A expectativa, entretanto, é de que até 2009 ele atinja a cobertura global e seja utilizado por toda a população, colocando a Rússia no mercado de soluções de serviços geolocalizados.

Leia mais sobre: GNSS

Fonte: http://infogpsonline.uol.com.br/noticias-diarias.php?id_noticia=7898

Futuro do Galileo em questão

 

Constelação Galileo © ESA-J. Huart

É indispensável garantir o financiamento do sistema europeu de navegação por satélite Galileo para assegurar a sua sobrevivência.

«O Galileo custa milhares de milhões aos contribuintes» - esta é uma das parangonas dos jornais dos últimos dias. Mas apesar de ser alvo de um debate aceso, a questão não é saber se importa ou não financiar o projecto, mas como financiá-lo.

Se a trajectória do Galileo for interrompida, os dez anos de trabalho esforçado investido neste sistema, símbolo do potencial político, económico e tecnológico da União Europeia, terão sido em vão. Desperdiçados seriam também os mais de 2 500 milhões de euros que o sector público injectou até à data no projecto, já para não falar dos cerca de 150 000 postos de trabalho.

Por outro lado, a Europa passaria a depender ainda mais de outros sistemas de navegação por satélite, tais como o GPS americano ou sistemas similares desenvolvidos pela Rússia ou pela China, e seria assim a única potência mundial a não dispor deste instrumento estratégico.

A Comissão da União Europeia identificou três possíveis cenários para o futuro do sistema Galileo:

  • Financiamento público do sistema operacional de 30 satélites no montante de 9 a 10 mil milhões de euros. Esta seria provavelmente a opção mais económica a longo prazo (2007‑2030). O Galileo estaria assim operacional em 2012.
  • Manutenção do programa actual, com um financiamento privado no montante de cerca de 11 a 12 mil milhões de euros. Com esta solução, o sistema Galileo só estaria operacional em 2014.
  • Financiamento público de um sistema limitado de 18 satélites no montante de cerca de 10 a 11 mil milhões de euros. Com esta solução, o sistema Galileo estaria operacional em 2013.

Os sistemas de navegação por satélite permitem aos utilizadores conhecer a sua localização exacta a qualquer momento. Facilitam os transportes, contribuem para a protecção do ambiente e aceleram as operações de salvamento de pessoas em perigo. O futuro do sistema europeu Galileo será decidido em Junho pelos ministros dos transportes da União Europeia.

Fonte: http://ec.europa.eu/news/science/070522_1_pt.htm

PE deu luz verde ao programa europeu de radionavegação por satélite

 

Investigação e inovação - 23-04-2008 - 13:20 update

Galileo: sistema europeu de radionavegação por satélite   © ESA-J.Huart

Galileo: o GPS Europeu

Depois do insucesso das negociações com o sector privado para dar início ao projecto Galileo, o programa europeu de radionavegação por satélite, a Comissão Europeia recomendou que o sistema fosse financiado com fundos públicos. O plenário do PE acaba de aprovar um relatório da eurodeputada húngara Etelka Barsi-Pataky, sobre o prosseguimento da execução dos programas europeus de radionavegação por satélite. O programa deverá estar operacional em 2013.

O Galileo, também designado como o "GPS europeu", é uma iniciativa conjunta da União Europeia e da Agência Espacial Europeia (AEE), uma organização intergovernamental composta por 17 países europeus.  A decisão política de lançar o projecto Galileo foi tomada no Conselho Europeu de Nice, em Dezembro de 2000 e a estrutura do sistema foi concebida pela AEE entre 1999 e 2001.
"Sem o Parlamento Europeu, o Galileo não teria sido possível"
De acordo com a eurodeputada dinamarquesa Anne E. Jensen (Grupo da Aliança dos Democratas e Liberais pela Europa), "é importante que a Europa desenvolva a sua própria tecnologia. O sistema Galileo vai permitir controlar melhor os transportes e torná-los mais seguros".
"É um dia importante para a Europa, pois estamos em vias de dar luz verde a um dos mais importantes projectos da União Europeia", acrescentou a eurodeputada alemã Angelika Niebler (Grupo do Partido Popular Europeu e dos Democratas Europeus), presidente da parlamentar comissão da Indústria, da Investigação e da Energia.
O projecto Galileo baseia-se em 30 satélites colocados em três órbitas a uma altitude de 24.000 quilómetros. Deverá cobrir toda a superfície do globo através de uma rede de estações de controlo terrestre. Cada satélite estará equipado com um relógio atómico de alta precisão, que fará com que seja possível determinar a localização de qualquer objecto estático ou em movimento com uma margem de erro de um metro.
Benefícios do sistema Galileo
A transmissão via satélite é vital em áreas como os sistemas de telefone, a televisão, a aviação e a navegação. A área de acção do Galileo não vai limitar-se apenas aos aspectos económicos e empresarias, mas também para sistemas de emergência, para guiar as pessoas cegas ou aqueles que sofrem da doença de Alzheimer, para exploradores, caminhantes. Também melhorará os sistemas de informação geográfica, a gestão agrícola e a interligação de redes bancárias, eléctricas e de telecomunicações.
Apesar de na Europa se utilizar com frequência o sistema norte-americano GPS para fins civis, a criação de uma transmissão por satélite Europeia justifica-se pelo limitado nível de precisão do primeiro e pela sua escassa fiabilidade, especialmente nas latitudes extremas. A juntar, o carácter predominantemente militar do GPS implica a possibilidade dos usuários civis serem desconectados durante uma crise.  O Galileo cobrirá estas falhas e áreas geográficas complicadas, como o norte da Europa.
"O Galileo não se resume a um sistema que permite que as pessoas cheguem mais depressa a casa. É um desenvolvimento tecnológico ao mais alto nível", afrimou o eurodeputado alemão Norbert Glante (Grupo Socialista).
"Trata-se da primeira infra-estrutura europeia, um passo importante do Parlamento Europeu", referiu Etelka Barsi-Pataky, autora do relatório aprovado. "O Galileo é um passo para uma Europa mais forte e é fundamental respeitar o calendário, para evitar atrasos", acrescentou.
Se os prazos forem respeitados, o Galileo deverá estar operacional em 2013.

REF.: 20070615STO07872

http://www.europarl.europa.eu/news/public/story_page/057-7907-169-06-25-909-20070615STO07872-2007-18-06-2007/default_pt.htm

 

MAIS:

http://www.europarl.europa.eu/news/expert/briefing_page/26350-112-04-17-20080410BRI26349-21-04-2008-2008/default_p001c001_pt.htm

http://www.gsa.europa.eu/

http://www.galileoic.org/la/

http://www.europarl.europa.eu/sides/getDoc.do?type=REPORT&reference=A6-2008-0144&language=PT&mode=XML

http://www.europarl.europa.eu/news/public/story_page/031-6347-122-05-18-903-20070507STO06304-2007-02-05-2007/default_pt.htm

quarta-feira, julho 02, 2008

Fashion Week, máfias e trabalho escravo

 

ALTAMIRO BORGES*

Nas duas últimas semanas, as elites opulentas e os apreciadores da alta costura se deliciaram com os desfiles de moda no Rio de Janeiro e São Paulo, a paparicada Fashion Week. Jornais gastaram toneladas de papel para comentar cada grife nas passarelas. Já as televisões, com destaque para a TV Globo, ocuparam os espaços nobres com suas reportagens consumistas e hedonistas bem ao gosto dos ricaços. No mesmo período, a mídia burguesa fez de tudo para desqualificar a greve de 230 mil professores paulistas, “que tumultuou o trânsito dos que foram ao desfile na capital”. A visão classista da imprensa ficou escancarada nestas duas coberturas “jornalísticas”.

Sem desprezar a criatividade dos estilistas brasileiros e as peculiaridades desta indústria no país, seria sensato que a mídia não tratasse com tanto glamour este badalado mundo da moda. O livro Camorra, de Roberto Saviano, ajuda a desmistificar este setor altamente lucrativo. Lançado em 2006 na Itália, traduzido em 47 países e com 1 milhão de exemplares vendidos, ele descortina os bastidores deste “negócio”. Para isso, o jornalista italiano se infiltrou na Camorra, a organização criminosa sediada em Nápoles que já suplantou a máfia siciliana em movimentações financeiras. Após sofrer um atentado a bomba, hoje ele vive sob escolta policial e utiliza carros blindados.

Valentino, Versace, Prada e Armani

Na sua corajosa pesquisa, Saviano descobriu que um dos braços da máfia camorrista se estende à indústria da moda. Ele comprova que famosas grifes terceirizam a sua produção junto ao sistema fabril controlado pela Camorra. Muitas confecções inclusive utilizam mão-de-obra de imigrantes ilegais, com base no trabalho escravo. Como aponta Walter Maierovitch, numa resenha do livro para a revista Carta Capital, a obra “acertou em cheio grandes grifes mundiais, como Valentino, Versace, Prada e Armani. Essas empresas desfrutaram deste esquema ilegal, protegendo-se da responsabilidade criminal por meio do ridículo argumento do ‘terceirizei e basta’”.

Somente após a repercussão do livro e as denúncias da Procuradoria Antimáfia da Itália, algumas destas bilionárias empresas começaram a criticar o mercado pirata da moda. A omissão, segundo Saviano, teria os seus motivos. “Denunciar o grande mercado significava renunciar para sempre à mão-de-obra a baixo custo que utilizavam. Os clãs teriam, em represália, fechado os canais de acesso às confecções que controlam no país e as do Leste Europeu e Oriente”. O livro revela como uma empresa legal se compõe com milhares de confecções do “sistema Camorra”. Cita os leilões de modelos em escolas de Nápoles com a presença de compradores das grifes mundiais.

Ao destrinchar como funciona a Camorra, hoje uma poderosa “multinacional” com ramificações em vários setores – alta costura, drogas, contrabando e mercado financeiro –, Saviano mostra as precárias condições de trabalho dos imigrantes ilegais e dos milhares de jovens desempregados, recrutados nas periferias napolitanas. No tráfico de drogas, os jovens fazem entregas com motocicletas fornecidas pelos clãs mafiosos. Depois de várias entregas, eles ganham a moto de presente e realizam um “grande sonho, sem perceber que os capi lucraram muito mais”.

* Jornalista, membro do Comitê Central do PCdoB e autor do livro recém-lançado “Sindicalismo, resistência e alternativas”