Dicionário Geográfico
Água
De Dicionário Livre de Geociências
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Autor:Shizhao, modificado por E.Zimbres
Molécula de água
s.f. Substância líquida, incolor e inodora composta por hidrogênio e oxigênio;
s.f. Hidrologia - Cobrindo cerca de dois terços da superfície terrestre a água é considerada como a principal sustentação da vida em nosso planeta.
A água possui um conjunto de propriedades físicas e químicas que fazem dela uma substância única na Terra. Sua estrutura atômica é muito simples, sendo formada por dois átomos de oxigênio e um átomo de hidrogênio. Numa molécula de água os átomos de hidrogênio, com cargas positivas, formam um ângulo de 104 graus entre si. Isto confere à molécula uma certa polaridade pois esta carga positiva não é totalmente equilibrada pela carga negativa do átomo de oxigênio. Esta particularidade transforma esta molécula em um pequeno imã, e dizemos que ela possui uma estrutura dipolar.
"RIA- Tipo de costa caracterizada por uma reentrância profunda do mar, resultante da submersão de um antigo vale de um rio, provocada pela subida do nível das águas do mar." "RIO- Grande curso de água doce que corre por um leito definido em direcção a um mar, lago ou outro rio." Ambas no "Dicionário Breve de Geografia de Dulce Garrido e Rui Costa, da Presença.
http://www.saladosprofessores.com/index.php?option=com_smf&Itemid=62&topic=4518.0
Ria
De Dicionário Livre de Geociências
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s. f. Geomorf. - Vales fluviais, relativamente profundos, na foz de um rio, nos quais o nível do mar avançou devido a um episódio de transgressão marinha. O mesmo que vale afogado.
Não confundir ria com fiorde, que é um braço do mar que adentra o continente em vales formados por geleiras.
Delta
Em geografia, designa-se por delta a foz de um rio em forma de leque ou triângulo - que é a forma da letra grega maiúscula com este nome (Δ) -, caracterizada pela presença de inúmeros canais e ilhas. Esse tipo de foz é comum em rios de planícies, devido à pequena declividade e, conseqüentemente, pequena capacidade de descarga de água. Isto acontece devido ao acúmulo de areia na foz do rio e à baixa velocidade do rio.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Delta
Estuário
Um estuário é a parte de um rio que se encontra em contato com o mar. Por esta razão, um estuário sofre a influência das marés e possui tipicamente água salobra.
Do ponto de vista da ecologia e da oceanografia, um estuário é uma região semi-fechada do oceano influenciada pelas descargas de água doce de terra, quer seja um ou mais rios, ou apenas da drenagem do continente.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Estu%C3%A1rio
http://www.vestibular1.com.br/revisao/ecologia_estuarios_manguezais.doc
http://www.unicamp.br/fea/ortega/eco/iuri11.htm
Lago, Lagoa e Laguna
Em geomorfologia, o termo laguna se refere a uma depressão formada por água salobra ou salgada, localizada na borda litorânea, comunicando-se com o mar através de canal, constituindo assim uma espécie de "quase-lago" de água salgada.
Lagoa é uma porção de água cercada por terra. Segundo outras definições, lagoa é um "lago pouco extenso", no entanto há várias "lagoas" maiores do que muitos chamados "lagos".
Um lago é uma depressão natural na superfície da Terra que contém permanentemente uma quantidade variável de água. Essa água pode ser proveniente da chuva, duma nascente local, ou de cursos de água, como rios e glaciares (geleiras) que desaguem nessa depressão.
http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20070124044159AAx9yam
http://online.unisc.br/seer/index.php/agora/article/viewFile/115/73
A Lagoa dos Patos, a maior laguna do Brasil e a segunda da América Latina, situa-se no estado brasileiro do Rio Grande do Sul. Tem 265 quilômetros de comprimento e uma superfície de 10144 km², estendendo-se na direção nor-nordeste-sul-sudoeste, paralelamente ao Oceano Atlântico.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Lagoa_dos_Patos_(lagoa)
Lençol subterrâneo
Também é chamado de lençol freático. É formado pela infiltração das águas da superfície nas rochas permeáveis.
As águas subterrâneas podem variar de um lugar para o outro dependendo da quantidade das chuvas. Elas alimentam os poços, rios e lagos, e contribui para o desenvolvimento da vegetação.
Uma fonte ou olho d’ água é o surgimento do lençol freático na superfície terrestre.
A água da chuva se divide em três partes. Uma se evapora logo após a chuva. A outra escorre para os rios e mares. E outra parte forma os lençóis freáticos.
Os oásis formados nos desertos são alimentados por lençóis de água subterrânea. Ocorre quando uma depressão atinge o nível de um lençol de água subterrânea, podendo surgir um lago e com ele uma vegetação típica.
http://www.juliobattisti.com.br/tutoriais/arlindojunior/geografia003.asp
Rios
A origem dos rios nada mais é que o afloramento do lençol freático, quando as águas subterrâneas chegam à superfície dando origem as chamadas “minas d´água”, e as águas das “minas”escoam nas irregularidades do relevo formando os rios.
Mas isso não é regra geral, alguns rios têm sua origem a partir do degelo, como é o caso do rio amazonas.
Os rios podem variar segundo a quantidade ou volume de água, vazão etc.
Rios perenes: São rios cujas águas não secam, mesmo nos períodos de pouca precipitação (chuva), esses rios são muito importantes em regiões de climas seco, árido e semi-árido, principalmente na agricultura.
Rios temporários ou intermitentes: São rios temporários que secam nos períodos com pouco ou nenhum volume de precipitação.
Regime Fluvial: corresponde ao volume de água dos rios durante o ano, se o aumento do volume das enchentes e vazantes foi provocado por água da chuva caracteriza-se regime fluvial. Caso a enchente e vazante sejam decorrentes do degelo em montanhas é denominado de regime nival. Às vezes podem ocorrer os dois casos em um mesmo rio (ex. rio Amazonas).
Os rios parecem as “veias” de nosso organismo, umas maiores outras menores, uma suprindo a outra formando uma interdependência, assim ocorre com os rios.
Quando um rio deságua em outro recebe o nome de afluentes, o ponto onde um rio deságua é chamado de foz.
Existem dois tipos de foz, com diferentes características.
Estuário: É quando a foz do rio abre largamente, e existe um único canal de escoamento.
Delta: Caracterizado pelo acúmulo de sedimentos na foz do rio, criando vários anais de escoamento.
Conheça a diferença entre bacia hidrográfica e rede hidrográfica.
Rede hidrográfica - É o conjunto de rios de uma bacia.
Bacia hidrográfica - É a rede hidrográfica e também a sua área de captação de água.
A maioria das bacias vai desaguar para fora, no caso, o mar, outras vão para o interior do continente, elas são denominadas de:
Exorréica - Corresponde às bacias que escoam as águas dos rios em direção dos oceanos.
Endorréica - Corresponde às bacias que escoam as águas para o interior do continente.
Existem ainda:
Arréica - Drenagem no qual o relevo não favorece o escoamento, esse ocorre em áreas desérticas.
Criptorréica - Corresponde ao escoamento subterrâneo, esse ocorre em cavernas.
Eduardo de Freitas
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola
http://www.brasilescola.com/geografia/aguas-continentais.htm
Regime hidrológico
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Todos os rios brasileiros, com exceção do Amazonas, possuem regime pluvial. Uma pequena quantidade de água do rio Amazonas provém do derretimento de neve na cordilheira dos Andes, caracterizando um regime misto (nival e pluvial). Todos os rios são exorréicos. Mesmo os que correm para o interior têm como destino final o oceano, como o Tietê, afluente do rio Paraná, que por sua vez deságua no mar (estuário do Prata). Há os rios temporários apenas no Sertão nordestino, onde o clima é semi-árido. No restante do país os rios são perenes. Com exceção do rio Amazonas, que possui foz mista (delta e estuário), e do rio Parnaíba, que possui foz em delta, todos os rios brasileiros que deságuam livremente no oceano formam estuários.
Rede hidrográfica
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Rede hidrográfica é o nome que se dá ao conjunto formado pelo rio principal, e por todos os seus afluentes e subafluentes, a sua densidade explica-se pela queda de precipitação muito abundante.
Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/Rede_hidrogr%C3%A1fica"
Bacia hidrográfica - conjunto de terras drenadas por um rio principal, seus afluentes e subafluentes. A idéia de bacia hidrográfica está associada à noção da existência de nascentes, divisores de águas e características dos cursos de água, principais e secundários, denominados afluentes e subafluentes.
Uma bacia hidrográfica evidencia a hierarquização dos rios, ou seja, a organização natural por ordem de menor volume para os mais caudalosos, que vai das partes mais altas para as mais baixas.
As bacias podem ser classificadas de acordo com sua importância, como principais (as que abrigam os rios de maior porte), secundárias e terciárias; segundo sua localização, como litorâneas ou interiores.
Em bacias de inclinação acentuada como a do Rio Colorado, nos Estados Unidos, o processo de busca do perfil de equilíbrio fluvial tende a estreitar a área da bacia. De forma contrária, bacias de inclinação baixa como a do Rio Amazonas tendem a ser mais largas.
Fonte : Enciclopédia® Microsoft® Encarta 2001. © 1993-2000 Microsoft Corporation.
http://www.fag.edu.br/professores/muller/bacia%20hidrografica.doc
Jusante
De Dicionário Livre de Geociências
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Jusante:- Diz-se da região compreendida entre o observador e a foz de um curso d’água.
Dado um ponto num curso d'água, este é dividido em duas partes: a que está a montante, de onde as águas estão vindo e a que está a jusante, para onde as águas estão indo. Na fábula "O Lobo e o Cordeiro", a afirmação do lobo de que o cordeiro estaria sujando sua água é falsa porque este estava bebendo água a montante do lobo, que por sua vez estava a jusante do carneiro.
Ex: A previsão de captação de água do Rio São Francisco, no Projeto de Transposição, será a 900 quilômetros de sua foz, a jusante portanto da maior parte de sua bacia hidrográfica, que tem a montante, 2400 quilômetros de comprimento.
Montante
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Montante:-Diz-se da região compreendida entre o observador e a nascente do curso de água. É a direção oposta do jusante para um mesmo observador às margens do curso de água.
Nível de base
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Nível de base ou nível de base de erosão é a linha altimétrica abaixo da qual um rio não consegue mais erodir, predominando pois a deposição. O nível de base pode ser dado em relação ao mar aberto, no caso de rios que ai desembocam ou em relação a mares fechados e lagos. Assim, o Lago Titicaca, a mais de 3000 metros de altitude, é o nível de base para boa parte da drenagem do planalto boliviano.
O nível de base de uma região muda conjuntamente com o nível relativo dos mares. Em episódios de transgressão marinha, o nível de base sobe aumentando a área de deposição. Na regressão marinha ocorre o contrário, isto é, aumenta a área sujeita à erosão, dando origem ao retrabalhamento dos sedimentos anteriormente depositados.
No geral podemos dizer que abaixo do nível do mar a erosão está restrita á ação de correntes marinhas ou a correntes de turbidez, que são provocadas por deslizamentos de material depositado no talude continental.
As correntes marinhas litorâneas, agem no sentido de redistribuir os sedimentos ao longo da costa.
No caso de erosão provocada por geleiras, também temos um nível de base, mas este está condicionado pelo tamanho da geleira, particularmente pela altitude da massa de gelo acima do nível do mar, pois como a densidade do gelo é pouco menor do que da água líquida, a uma massa de gelo acima do nível do mar, existe uma massa muito maior submersa. Esta relação é aproximadamente de 1:10. Isto permite que a erosão de uma geleira atue abaixo do nível do mar, produzindo vale que uma vez ocupado pelo mar dá origem ao fiorde, que é um vale profundo cujo talvegue está bem abaixo do nível do mar
Talvegue
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Talvegue:s.m. Hidrologia - A linha formada pela intersecção das duas superfícies formadoras das vertentes de um vale. É o local mais profundo do vale, onde correm as águas de chuva, dos rios e riachos.
Etimologia: Talvegue vem do alemão talweg e significa: "caminho do vale".
A figura formada pelo traçado de todos os talvegues de uma área é conhecido como rede de drenagem, sendo útil para estudos de geologia, tectônica, hidrogeológicos, entre outros.
Teoricamente, os talvegues de rios de planícies que desaguam no mar constituem-se no nível de base para a erosão fluvial.
Drenagem natural
Drenagem: s.f. Hidrologia - Área ocupada por vale, onde correm ás águas fluviais e pluviais de uma região. Muitos autores usam o termo como sinônimo de rede de drenagem.
A linha mais profunda de uma drenagem, formada pela intersecção das duas vertentes formadoras do vale, é chamada de talvegue.
Área por onde é descarregada (drenada) a água de uma bacia hidrográfica.
A forma da drenagem guarda uma relação íntima com a pluviosidade da área e sua geologia, particularmente o grau de porosidade do solo ou fraturamento das rochas e fenômenos geotectônicos como o de elevação do terreno. (ver padrão de drenagem )
padrão de drenagem
Ciclo hidrológico
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Chamamos de ciclo hidrológico, ou ciclo da água, à constante mudança de estado da água na natureza. O grande motor deste ciclo é o calor irradiado pelo sol.
Devido às diferentes e particulares condições climáticas, em nosso planeta a água pode ser encontrada, em seus vários estados: sólido, líquido e gasoso.
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Ciclo hidrológico
Autor:Jonh M. Evans/USGS-modificado por E.Zimbres
O ciclo da água
A permanente mudança de estado físico da água, isto é, o ciclo hidrológico, é a base da existência da erosão da superfície terrestre. Não fossem as forças tectônicas, que agem no sentido de criar montanhas, hoje a Terra seria um planeta uniformemente recoberto por uma camada de 3km de água salgada.
Em seu incessante movimento na atmosfera e nas camadas mais superficiais da crosta, a água pode percorrer desde o mais simples até o mais complexo dos caminhos.
Quando uma chuva cai, uma parte da água se infiltra através dos espaços que encontra no solo e nas rochas. Pela ação da força da gravidade esta água vai se infiltrando até não encontrar mais espaços, começando então a se movimentar horizontalmente em direção às áreas de baixa pressão.
A única força que se opõe a este movimento é a força de adesão das moléculas d’água às superfícies dos grãos ou das rochas por onde penetra.
A água da chuva que não se infiltra, escorre sobre a superfície em direção às áreas mais baixas, indo alimentar diretamente os riachos, rios, mares, oceanos e lagos.
Em regiões suficientemente frias, como nas grandes altitudes e baixas latitudes (calotas polares), esta água pode se acumular na forma de gelo, onde poderá ficar imobilizada por milhões de anos.
O caminho subterrâneo das águas é o mais lento de todos. A água de uma chuva que não se infiltrou levará poucos dias para percorrer muitos e muitos quilômetros. Já a água subterrânea poderá levar dias para percorrer poucos metros. Havendo oportunidade esta água poderá voltar à superfície, através das fontes, indo se somar às águas superficiais, ou então, voltar a se infiltrar novamente.
A vegetação tem um papel importante neste ciclo, pois uma parte da água que cai é absorvida pelas raízes e acaba voltando à atmosfera pela transpiração ou pela simples e direta evaporação (evapotranspiração)
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Observa-se no quadro acima que, de toda a água existente no planeta Terra, somente 2,7% é água doce.
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Pode-se também verificar que de toda a água doce disponível para uso da humanidade, cerca de 98% está na
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forma de água subterrânea.
Da água que se precipita sobre as áreas continentais, calcula-se que a maior parte (60 a 70%) se infiltra. Vê-se, portanto, que a parcela que escoa diretamente para os riachos e rios é pequena (30 a 40%). É esta água que se infiltra, que mantém os rios fluindo o ano todo, mesmo quando fica muito tempo sem chover. Quando diminui a infiltração, necessariamente aumenta o escoamento superficial das águas das chuvas.
A infiltração é importante, portanto, para regularizar a vazão dos rios, distribuindo-a ao longo de todo o ano, evitando, assim, os fluxos repentinos, que provocam inundações.
Não adianta culpar a natureza. Esta relação, entre a quantidade de água que se precipita na forma de chuva, a quantidade que se infiltra, a que tem escoamento superficial imediato, e a que volta para a atmosfera, na forma de vapor, constitui uma verdade da qual não podemos escapar. As cidades são aglomerados, onde grande parte do solo é impermeabilizado, e a conseqüência lógica disto é o aumento de água que escoa, provocando inundações das áreas baixas. Se estiver correta as previsões de que está havendo um aquecimento global, e de que este levará ao aumento das chuvas, é de se esperar um agravamento do problema de inundações nos países tropicais.
Soluções? Gerenciamento dos recursos hídricos.
Autor:Eurico Zimbres
Distribuição da água na Terra
Divisor de águas
De Dicionário Livre de Geociências
O mesmo que divisor de água. Cumeeiras dos morros e serras, onde duas vertentes se econtram e a partir das quais o fluxo das águas superficiais se dá em sentidos opostos.
O conjunto dos divisores de águas de uma área individualiza uma bacia hidrográfica.
De uma forma geral os divisores de águas superficiais também o são para as águas subterrâneas livres, isto é para os aqüíferos freáticos, mas raramente o são para os aqüífeos confinados ou semiconfinados.
No entanto,mesmo para aqüíferos freáticos podem existir certas situações geológico-estrutural, que acabam permitindo que uma água subterrânea livre possa fluir sob um divisor de águas e alcançar a bacia hidrográfica adjacente. Esta possibilidade é colocada em casos de camadas inclinadas ou por fraturas profundas, dependendo de sua geometria.
Divisores de águas em mapa topográfico
Para se encontrar os divisores de águas em um mapa topográfico deve-se procurar os locais onde duas curvas de nível, de altitude elevada, tenham o mesmo valor e são adjacentes, correndo paralelamentes e formando a cumeeira. A linha divisora de águas será, de uma maneira geral, traçada ente as duas curvas encontradas. Deve-se ter em mente que como o divisor de águas é quase sempre uma linha inclinada, seu traçado interceptará diversas linhas que satisfaçam o critério acima.
Se as curvas tiverem valores baixos em relação à topografia da área, elas estarão delimitando talvegues e são úteis para se traçar a rede de drenagem da área.
Eutrofização: (s.f. Geoq.) : Enriquecimento das águas superficiais por compostos nutrientes, em particular os nitrogenados e fosforados, que levam a um grande crescimento de algas e outras espécies vegetais aquáticas. A morte e apodrecimento desta flora aquática provoca um grande consumo do oxigênio dissolvido no corpo de água, levando à morte os animais por asfixia.
As principais fontes de efluentes e produtos que provocam a eutrofização são:
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Esgotos humanos
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Fezes de animais domésticos, em particular bovino, suino
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Fertilizantes
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Efluentes de certas indústrias, em especial: papel e pasta de celulose, destilarias para a produção de álcool e bebidas alcóolicas, abatedouro e processamento de produtos de origem animal, produção de açúcar, curtumes, entre outras.
Interflúvio (s.m. Geog.)- Terreno ou área mais elevada situada entre dois vales. Apesar de às vezes este termo ser usado como sinônimo de divisor de águas, o interflúvio se caracteriza mais por ser toda a região ou área compreendida entre dois talvegues, ou entre dois cursos de maior importância de uma mesma bacia hidrográfica ou mesmo de bacias distintas, ao passo que o termo divisor de águas melhor se adequá a ser usado para designar não uma área mas uma linha, como por exemplo linha de cumeada.
Nascente: s.f. Hidrol. -Local onde o fluxo de água subterrânea intercepta a superfície do terreno. Há muitos tipos de nascentes, mas em geral a sua formação é condicionada pela existência de uma interface entre o nível freático ou piezométrico de um corpo permeável (aquífero) e a superfície topográfica. Em terrenos ígneos e metamórficos, as nascentes estão, em geral, associadas a fraturas portadoras de água e interceptadas pelo relevo. Nem sempre, contudo, elas são visíveis, devido à cobertura por material inconsolidado acumulado nas enconstas (talus e outros depósitos) Nascente de um rio: é o local mais a montante de seu curso principal.
Catarata: s.f. -Queda de água de grande volume. Os fenômenos geológicos que levam ao surgimento de uma catarata são deslocamentos tectônicos e erosão diferencial. As Cataratas de Iguaçu são formadas devido à erosão diferencial atuante sobre os derrames basálticos.
Observar (clique na foto para aumentar) no detalhe da foto inferior ao lado os blocos hexagonais da disjunção colunar dos basaltos. Cada degrau desta catarata representa um nivel de derrame basáltico.
A disjunção colunar se forma porque a parte superior e inferior do derrame basalto se resfria mais rápidamene do que seu interior, e a conseqüente contração provoca rupturas na rocha. Estas rupturas tendem a um padrão hexagonal, semelhante a gretas de ressecamento de depósitos superficiais de argila expostos ao sol.
Foto:Reinhard Jahn
Cataratas de Iguaçu, Brasil
''Cachoeira'': s.f. Hidr.- O mesmo que queda d'água. Apesar dos dicionários não especializados apresentarem o termo cachoeira como sinônimo de catarata, na literatura técnica este termo é usado somente para quedas com grande volume de água o que lhes dá um aspecto majestoso e turístico, a exemplo das cataratas do Iguaçu e Paulo Afonso (Brasil), de Niágara (Estados Unidos), Khon (Laos), Vitória (África), entre outras.
A existência de cachoeiras e quedas d'águas em geral, sempre está associada a ocorrências de descontinuidades no curso do rio, que podem ter origem tectônica (falhas, dobras), erosiva (erosão diferencial, soerguimento do terreno (fiordes) ou abaixamento do nível do mar.
As quedas d'água além de serem um espetáculo tem um grande interesse econômico na produção de energia hidroelétrica, sendo a principal fonte de energia elétrica no Brasil.